" Se a esperança se apaga e a Babel começa, que tocha iluminará os caminhos na Terra?" (Garcia Lorca)

19
Ago 12

 

Amém, Itamar!

 

  

 

 

 

 

 

 

Mas vale uma música leve....

 

publicado por Adelina Braglia às 08:03

17
Ago 12

 

 

publicado por Adelina Braglia às 05:44

12
Ago 12

 

 Itamar Assunção.

 

 

 

 

 

Arrigo Barnabé cantando Lupicínio Rodrigues.

 

 

 

 

 

 

Uma paulista (Isaurinha Garcia) e uma carioca (Nora Ney) que mais parece paulista...rsrs...

 

 

publicado por Adelina Braglia às 22:12

07
Ago 12

 

Não tenho tempo de me consertar,

e ainda que desgoste da obra,

o tempo já fez o seu trabalho.

 

E, virando de leve a cabeça,

olho o caminho que percorri

pra chegar aqui

e perceber que foi ele, o caminho,

que me percorreu.

 

Triste? Não. 

Comum.

 

 

Som na caixa:

 

 

 

publicado por Adelina Braglia às 07:01

 

 

 

 

 

 

publicado por Adelina Braglia às 05:40

06
Ago 12

 

 

“Esse foi o mais atrevido caso de corrupção e desvio de recursos no Brasil. Um sistema de enorme desvio com o objetivo de comprar parlamentares”.

 

 

“Sinto o dever de fazer o registro de que, em 30 anos de exercício de profissão, jamais enfrentei nada sequer comparável à onda de ataques grosseiros e mentirosos feitos por variados meios para constranger e intimidar o Procurador da República. A voz do Ministério Público continuará a ressoar forte, íntegra e serena”.

 

(Procurador Geral da República, Roberto Gurgel)

 

 

 

"A fase de defesa no julgamento do mensalão no Supremo começa hoje com a manifestação dos advogados dos principais réus. Os defensores de José Dirceu, José Genoino, Delúbio Soares e Marcos Valério são os primeiros a falar e tentarão desconstruir a acusação de que seus clientes formaram uma quadrilha para corromper parlamentares no Congresso."

 

(Advogados de defesa de José Dirceu et caterva).

 

 

João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na história.

 

(Quadrilha - Carlos Drummond de Andrade)

 

 

 

Comentário adicional: o ínclito ex-Ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos, ao deixar a defesa de Carlinhos Cachoeira e seus asseclas -  Bastos já colocou sua banca parivada de advocacia para defender o pedófilo Luiz Seffer aqui no Pará, com brilhante vitória, aliás -  e manter-se "firme" na  defesa da quadrilha de Dirceu, demonstra pelo menos que ele é mais leal à antiga quadrilha do que à recente. Palmas pra ele!

 

 

 

E o fundo musical de  hoje vai pro Zé e sua quadrilha:

 

 

 

 

publicado por Adelina Braglia às 07:46

05
Ago 12

Pessoas como nós (*)

[...]

 

 

« Quando esta revista estiver na rua terão passado 40 anos sobre a data em que conheci o homem com quem casei em Julho de 2010.

Somos do tempo em que os professores interferiam com a identidade sexual dos alunos. Hoje, se um professor disser (na cantina da escola) que determinado aluno é “burro”, arrisca-se a um processo disciplinar. Em 1962, um professor era livre de dizer (na sala de aula) a uma criança de 12 anos: «Não seja paneleiro.» Não lhe acontecia nada e o encarregado de educação do aluno era chamado ao reitor: «O seu filho tem de ir a uma consulta de psiquiatria.» Passaram 50 anos. 

 

Vem isto a propósito do segundo aniversário da Lei n.º 9/2010, de 31 de Maio, que permite o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo. Portugal é um dos dez países em que isso é legal, sendo os outros a África do Sul, Argentina, Bélgica, Canadá, Espanha, Holanda, Islândia, Noruega e Suécia (e também nove Estados americanos). E depois há os países que chamam “União civil registada” ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, que são vinte e quatro, entre eles a Alemanha, a Áustria, a Dinamarca, a França, a Irlanda e o Reino Unido. 

 

O ministro alemão dos Negócios Estrangeiros, Guido Westerwelle, oficializou em 2010 a sua ligação de muitos anos com Michael Mronz, numa cerimónia pública que contou com a presença da senhora Merkel. 

 

Tudo isto remete ao passado. 

 

Tenho pensado em como seria com Walt Whitman (1819-1892), E. M. Forster (1879-1970), Lytton Strachey (1880-1932), Virginia Woolf (1882-1941), Jean Cocteau (1889-1963), Marguerite Yourcenar (1903-1987), W. H. Auden (1907-1973), Elizabeth Bishop (1911-1979), Benjamin Britten (1913-1976), Gore Vidal (1925), etc., se tivessem sido diferentes as circunstâncias em que cresceram. 

 

Whitman não teve nenhuma ligação estável. Os outros sim. Forster viveu 40 anos com Bob Buckingham, que era polícia. Strachey, outro bloomsberrie, foi amante do economista Maynard Keynes, antes de Keynes casar com a Lopokova. Mrs Woolf encontrou em Vita Sackville-West uma amante vitalícia (o marido de Vita gostava de rapazinhos e o marido de Virginia gostava de livros). A seguir à morte de Raymond Radiguet, Cocteau fez do actor Jean Marais seu companheiro para a vida: viveram juntos durante 27 anos. A Yourcenar viveu 40 anos com Grace Frick. A casa onde viveram, na ilha de Mount Desert (no Maine), tornou-se casa-museu. Isso não impediu a Yourcenar de ser a primeira mulher a ser admitida na Academia Francesa. Depois de uma ligação adolescente com Isherwood, Auden encontrou Chester Kallman, que tinha 18 anos, vivendo com ele até morrer. Kallman, libretista de Stravinsky, sobreviveu-lhe dois anos. Elizabeth Bishop viveu em Ouro Preto (Brasil) para estar perto da paisagista Lota de Macedo Soares. Por causa do álcool, a relação implodiu. Bishop partiu para Nova Iorque e Lota suicidou-se. Britten, o compositor, e Peter Pears, o tenor, viveram juntos desde 1936. Nem de propósito, escrevo esta crónica ao som da ópera Peter Grimes. 

 

Deixo para o fim Gore Vidal, o único deste grupo que está vivo. [estava] Vidal viveu com Howard Austen durante 55 anos. Pela casa de ambos, em Ravello (em Itália, na costa de Amalfi), passou o Who’s Who internacional, dos Kennedys a membros de casas reais europeias, além de Tennessee Williams e Saul Bellow, dois dos poucos escritores de quem Vidal foi amigo. Howard desenvolveu um cancro no cérebro e quis voltar a Los Angeles. Vidal fretou um avião-hospital, um «caixão voador», como lhe chama em Point to Point Navigation (2006). Howard morreu ao fim de algumas semanas. 

 

Como milhões de outras, estas vidas foram condicionadas pelo preconceito. O facto de serem intelectuais facilitou alguma coisa. Mas e os cidadãos anónimos?

 

 

(*) Eduardo Pitta, in da literatura, 03:ago:2012

 

 

 

 

Acrescento a música:

 

 

publicado por Adelina Braglia às 22:07

04
Ago 12

 

Hoje cedo, entre um alho fritando na panela e uma  música tocando na rádio, achei  que, sem modéstia, Tom Jobim  já havia parcialmente me definido nos versos iniciais de  “Lígia”.

 

Porque não gosto de chuva, nem de sol e menos ainda de praias quentes e plenas de areia.

 

Bares ou restaurantes cheios, música alta, pessoas querendo ser vistas e incapazes de se ver, são hoje para mim a pré-estréia do Inferno.

 

Distancio-me cada vez mais  das pessoas, nas relações individuais, temendo ter o trabalho de me repaginar a cada encontro. Disto só não me sinto cobrada pelos irmãos e pelas velhas e adoráveis amigas.

 

Ao escrever isto agora  descubro porque ando sendo tão assídua nos supermercados: ali se expõe o que quero e entro e saio, se quiser, sem dizer nada, salvo o cordial bom dia, boa tarde ou boa noite e o obrigada. Nada mais me é exigido.

 

Continuando a escrita, chamo a esses sentimentos de cansaço. Pensando melhor, defino-os como tédio. E, pensando mais um pouco, acho que a velha melancolia anda se aproveitando de mim, tão envolvida que ando nas minhas preocupações coletivas...rsrsrs...

 

 

 

 

 

 

publicado por Adelina Braglia às 22:29

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