" Se a esperança se apaga e a Babel começa, que tocha iluminará os caminhos na Terra?" (Garcia Lorca)

31
Mai 12

 

O jornalista paraense Lúcio Flávio Pinto foi  agraciado este ano com o “Prêmio Vladimir Herzog Especial 2012”, que na sua  34ª edição premia também o jornalista Alberto Dines, responsável pelo Observatório da Imprensa.

 

O Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos será entregue aos dois homenageados  no dia 23 de outubro, no Teatro da Universidade Católica, em São Paulo.

 

 

Obrigada,  Lúcio. O mérito é todo seu, mas a alegria é minha também!

 

Parabéns, ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo.


Quem sabe um dia possamos também parabenizar o Sindicato dos Jornalistas do Estado do Pará.

 

publicado por Adelina Braglia às 07:03

29
Mai 12

 

No país do “non sense” - não, não me refiro ao gênero  literário que prima por ter Lewis Carrol e a maravilhosa Alice como estrelas - falta-nos tudo: verdade, dignidade e justiça. E, sem isso, não somos uma sociedade: somos um ajuntamento de interesses espúrios, arranjos circunstanciais, mentiras repetidas e confirmadas pelas fontes oficiais.

 

Os bufões indecentes do atual “non sense” verde-amarelo -  conduta contrária ao bom senso, segundo Mestre Houaiss -  são o ex-presidente Lula, o ex-ministro da Defesa Nelson Jobim e o ministro do STF, Gilmar Mendes, que, desta vez posa de mocinho e,  desta vez, o é, ainda que um dandi arrogante, amigo do peito de Daniel Dantas (o homem do Opportunity e  primeiro amigo de Lula Filho).

 

Gilmar Mendes cutucou até o relator do mensalão, o Ministro Joaquim Barbosa, afirmando que Lula o chamou de complexado! Fez barba, cabelo e bigode, como se dizia na minha vizinhança de infância!

 

Ativar a CPI do Cachoeira, mostrando que todos se beneficiam e se locupletam, independente do partido ou do cargo que ocupam, foi usado por Lula para atiçar a fogueira da mídia e, enquanto isso, ter um “papinho” com Gilmar Mendes sobre  a inconveniência do processo do mensalão ser julgado agora. Aliás, Lula e sua turma têm sido useiros e vezeiros em provar que a honestidade é relativa, a ética é  temporária e verdade é invenção de desafeto. Mas, que a "paura" do mensalão pesou, disso não há dúvida! Afinal, no relatório do Ministro Barbosa aprende-se que a formação de quadrilha é uma arte adredemente exerida por Zé Dirceu e sua gang.

 

O Ministro Joaquim Barbosa - o complexado, segundo nosso rei - relembra que os 40 do mensalão, segundo o Procurador Geral da República compuseram uma “...sofisticada organização criminosa, dividida em setores de atuação, que se estruturou profissionalmente para a prática de crimes como peculato, lavagem de dinheiro, corrupção ativa, gestão fraudulenta, além das mais diversas formas de fraude

 

O Ministro Barbosa, no seu relatório, afirma que “ ... No julgamento desta ação penal, serão analisados apenas os supostos desvios de recursos da Câmara dos Deputados e do Banco do Brasil. Há outros inquéritos e ações em que se investigam possíveis ilícitos praticados pelas mesmas empresas por meio de contratos celebrados, naquele período, com os Correios, a Eletronorte, o Ministério dos Esportes e outros órgãos públicos.”  Imagine-se que se  “só isto” já deu no que deu, o que virá depois!

 

Além do PSDB, reputado pelo Ministro Barbosa como o partido que inaugurou a “mesada” para partidos e políticos, no governo de Eduardo Azeredo em Minas Gerais, são citadas pessoas e agremiações partidárias que se beneficiaram do mensalão, através das mais variadas artimanhas, típicas das quadrilhas e da Máfia: “... empréstimos estes pactuados e renegociados de forma aparentemente irregular e fraudulenta, mediante garantias financeiras de extrema fragilidade, havendo indícios de que foram celebrados para não serem pagos (empréstimos em tese simulados). Teriam, ainda, idealizado o mecanismo de lavagem de capitais narrado na denúncia, permitindo que se realizassem, nas dependências de agências da instituição (São Paulo, Minas Gerais, Brasília e Rio de Janeiro), as operações de saque de vultosas quantias em dinheiro vivo, sem registro contábil, operacionalizadas através de mecanismos tendentes a dissimular os verdadeiros destinatários finais dos recursos.”

 

 

 Allons enfants! La patrie est nue!

 

 

publicado por Adelina Braglia às 12:20

28
Mai 12

 

 

A arte de perder não é nenhum mistério;
Tantas coisas contêm em si o acidente
De perdê-las, que perder não é nada sério. Perca um pouquinho a cada dia.
Aceite, austero, A chave perdida, a hora gasta bestamente.
A arte de perder não é nenhum mistério.
Depois perca mais rápido, com mais critério:
Lugares, nomes, a escala subseqüente Da viagem não feita.
Nada disso é sério.
Perdi o relógio de mamãe.
Ah! E nem quero Lembrar a perda de três casas excelentes.
A arte de perder não é nenhum mistério.
Perdi duas cidades lindas.
E um império Que era meu, dois rios, e mais um continente.
Tenho saudade deles.
Mas não é nada sério.
– Mesmo perder você (a voz, o riso etéreo que eu amo) não muda nada.
Pois é evidente que a arte de perder não chega a ser mistério por muito que pareça (Escreve!) muito sério

 

publicado por Adelina Braglia às 20:33

22
Mai 12

 

Não tenho mais pena de mim,  que as minhas penas já se espalharamm feito folhas na ventania. 

 

Não tenho grandes raivas, salvo aquelas escondidas,  que explodem quando menos se espera - e pelo motivo mais fútil. 

 

Não tenho mais medo da morte do que tenho de  uma vida sem cor, cheiro e sabor. 

 

Tenho orgulho do que sou e do que construi  e me orgulho também das pessoas que carrego presas ao meu rol de afetos. 

 

Tenho esperanças vãs de que entre a ganancia e a barbárie ainda haja caminhos, mas não estarei aqui para cruzá-los de novo. Felizmente. 

 

A mim compete agora apenas transmitir o que sei, no tempo que tenho e no ritmo que escolho. Mas, ainda trabalho muito e trafego entre a exatidão daquilo que não sei, a precisão das minhas certezas e uma enorme tolerância com a farsa alheia. 

 

E ainda me envergonho profundamente quando uma criança de dois anos morre de verminose na cidade onde vivo.

 

 

Música, maestro!

 

 

publicado por Adelina Braglia às 21:01

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