" Se a esperança se apaga e a Babel começa, que tocha iluminará os caminhos na Terra?" (Garcia Lorca)

25
Nov 08

 

Nesta semana, o caso da adolescente que ficou quase um mês presa em uma cela com 20 homens na carceragem da Polícia Civil de Abaetetuba (PA) completou um ano. Entre os 12 envolvidos no caso, há delegados, agentes prisionais, investigadores de polícia e alguns presos. Nenhum foi julgado.
 
 
Segundo a Agência Nacional de notícias, ““... a juíza responsável pelo caso recebeu a denúncia do Ministério Público do estado em 30 de junho e, no mês seguinte, ouviu 11 dos 12 acusados. Um dos presos acusados de estuprar a menina, Beto Júnior da Conceição, estava foragido, mas já foi preso novamente em flagrante durante um roubo em outra cidade.
 
 
Após a fase dos depoimentos, a juíza entrou de férias. Ela é a única autorizada a manusear o processo, que corre em sigilo para preservar a menor. Além de colher o depoimento de Beto, a juíza explica que em função de uma nova lei editada em agosto que modifica o procedimento do código penal, terá que ouvir novamente os acusados para que eles tenham a chance da “defesa preliminar”.
 
 
“A nova lei fala da chance da defesa preliminar, por isso eu determinei que eles fossem novamente intimados para oferecer essa defesa. A gente vai ter que ouvir todas as testemunhas, que entre defesa e acusação somam mais de 100, e no final ouví-los[os 12 denunciados] de novo”, explicou.” Lembremos que a juíza Clarice Maria de Andrade, foi quem manteve a prisão da menor sabendo das condições em que a menina se encontrava e  o processo contra ela está com o corregedor Gilson Dipp e não há previsão para ser julgado.
 
 
A única grande decisão da Governadora do Pará foi ordem para a  derrubada da carceragem, o que se assemelha, um ano depois sem culpados, à teoria do bode na sala. A situação é ruim, coloca-se o bode na sala. Ela torna-se tão insuportável que a simples retirada dele do local, faz parecer que tudo melhorou.
 
publicado por Adelina Braglia às 12:42

 

E Lula assinou…

 
Na quinta-feira, 20/11/08, o presidente Lula assinou o decreto que altera o Plano Geral de Outorgas (PGO). É o sinal verde para que a Oi, sócia de seu filho Fábio na Gamecorp, incorpore a Brasil Telecom.
Quem defende a idéia argumenta que a mudança contempla a atual tendência do mercado mundial de telecomunicação, de concentração. E que a união dará ao Brasil uma empresa nacional capaz de competir internacionalmente. Os detalhes político-policiais devem ser esquecidos?
Sob o comando do delegado Protógenes Queiroz, a Operação Satiagraha, que tantas dores de cabeça trouxe ao governo, a ponto de provocar uma guerra interna na Polícia Federal e entre esta e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), iria redundar inevitavelmente nas articulações que levaram à fusão agora autorizada pelo presidente. Basta reler o relatório de Queiroz para encontrar o fio da meada a unir os anseios particulares e políticos encobertos sob o manto do interesse público.
O delegado está sendo bombardeado. Confia-se que seu substituto, Ricardo Saadi, não desperdiçará as linhas de investigação. De qualquer maneira, o doutor Queiroz produziu durante quatro anos farto material, suficiente para explicar parte essencial das relações de poder no Brasil. E a fusão entre a Oi e a BrT é um capítulo recente e importante.
Lula assinou o decreto. Já o delegado Queiroz continua sentado sobre uma espécie de caixa de Pandora. As conseqüências são imprevisíveis, se o conteúdo desta caixa vier à tona.
 
 
 
 
publicado por Adelina Braglia às 07:47

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