" Se a esperança se apaga e a Babel começa, que tocha iluminará os caminhos na Terra?" (Garcia Lorca)

30
Mar 08

 

 

 

...desses, quero distância sanitária, filosófica, física...

 

 

 

 

 

....dessa também.

Xô, três vezes....

 

 

 

  

...nesse eu voto para qualquer cargo, em qualquer circunstância...

voto até como cantor...

 

 

 

Fotos. AgenciaEstado.

publicado por Adelina Braglia às 07:35

28
Mar 08

 

Um presente pra mim. Nascida e criada na Vila Madalena. Que viu nascer, abriga e cultua a gloriosa Escola de Samba Pérola Negra.

 

E pra quem ainda teima em acreditar que paulista não faz samba....

 

 

.....rsrsrsrs....

 

 

 

publicado por Adelina Braglia às 12:05

Transcrevo manifesto em defesa dos direitos das comunidades quilombolas.
O estado do Pará foi precursor na garantia desse direito para as comunidades remanescentes de quilombos e titulou até dezembro de 2006 cerca de 450 mil hectares de terras para quilombolas, o que correspondia a 53% do total das terras tituladas no Brasil.
 
 
 
"Em Defesa dos Direitos Quilombolas
 
Em outubro de 2008, completam-se 20 anos do reconhecimento dos direitos das comunidades quilombolas à propriedade de suas terras. Uma reparação tardia da sociedade brasileira pela barbárie da escravidão.
 
Nesses 20 anos, presenciamos a resistência dos diferentes governos em cumprir a determinação constitucional. Até fevereiro de 2008, apenas 82 territórios quilombolas encontravam-se titulados em todo País. O governo Lula entregou apenas sete títulos para comunidades quilombolas desde 2003.
 
Mesmo esse tímido índice de titulações gerou protestos e acusações do setor ruralista, de corporações transnacionais e de parlamentares da base aliada do governo amplamente divulgadas pela grande imprensa. O Decreto 4.887/2003 que regulamenta o procedimento para titulação das terras quilombolas é alvo de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal ajuizada pelo Partido dos Democratas e de projeto de decreto legislativo visando sua anulação, de autoria do deputado federal Valdir Colatto (PMDB/SC).
 
Nesse cenário adverso, a posição do governo federal é de recuo ao invés da firme defesa dos direitos assegurados na Constituição e do combate à discriminação que vem sofrendo o povo quilombola.
 
O recuo se materializa no novo texto da Instrução Normativa do Incra que a Advocacia Geral da União insiste em aprovar sem uma verdadeira participação dos quilombolas e da sociedade, conforme prevê a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
 
Cumpre ressaltar que as mudanças da IN 20/2005 do Incra propostas pelo governo no fim do ano já foram rechaçadas por diversas associações quilombolas e a Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ). Em nota divulgada à imprensa, os quilombolas denunciaram que tais mudanças representam um retrocesso às garantia de seus direitos socioculturais, dentre outras razões, porque tornam o processo mais burocratizado e moroso.
 
Não houve transparência no processo de definição da nova norma. A minuta foi elaborada por um grupo de trabalho do governo e, somente após meses de atividade, os quilombolas foram convocados para referendar um texto pronto sem ampla possibilidade de contribuição com o conteúdo do mesmo. Tal fato ocorreu em dezembro de 2007 quando os quilombolas se recusaram a tomar parte e denunciaram uma consulta inventada, que não havia sido seriamente preparada. Procedimento semelhante irá se repetir agora na segunda chamada para “consulta” prevista para abril de 2008. Novamente, o prazo e o formato proposto pela Advocacia Geral da União não permitirá que a minuta possa ser efetivamente discutida pelos quilombolas."
 
Diante do exposto, as organizações abaixo-assinadas vêm a público:
 
·        Defender a constitucionalidade do Decreto 4.887/2003 reforçando que a simples existência de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade não significa que a reclamação que ali existe será julgada procedente pelo Supremo Tribunal Federal.
 
·        Conclamar os Deputados e Senadores a Rejeitarem os Decretos Legislativos 44/2007 e 326/2007, seguindo o exemplo da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados que aprovou parecer contrário ao PDC 44, em outubro de 2007.
 
·        Denunciar que as mudanças da IN 20/2005 do Incra nos termos propostos pelo governo representam um retrocesso na garantia dos direitos quilombolas reconhecidos na Constituição Federal, na Convenção 169 da OIT e no Decreto 4.887/2003.
 
·        Repudiar a forma não transparente como o governo federal atuou na elaboração da nova instrução normativa.
 
·        Exigir que o governo federal respeite e garanta as condições adequadas para que se estabeleça um processo de consulta legítimo, que permita a ampla discussão e participação do movimento e da sociedade civil, conforme determina a Convenção 169 da OIT.
 
·        Manifestar nossa solidariedade aos homens e mulheres quilombolas especialmente nesse momento em que são vítimas de ataques discriminatórios e injustamente acusados de levar o conflito para o campo.
 
 
28 de março de 2008
 
Action Aid
Articulação Regional de Mulheres Negras Quilombolas do Médio-Mearim
Associação Brasileira de ONGs - ABONG
Associação da Comunidade Quilombola de Jacarei dos Pretos
Associação de Moradores do Quilombo Santa Maria dos Pretos
Associação de Moradores do Quilombo Bom Jesus dos Pretos
Associação de Moradores do Quilombo Frechal
Associação de Moradores do Quilombo Santa Rosa dos Pretos
Associação de Moradores do Quilombo Santo Antonio dos Pretos
Associação Rural de Moradores do Quilombo Jamary dos Pretos
Balcão de Direitos da Universidade Federal do Espírito Santo
Centro de Conscientização Negra de Pedreiras
Centro de Cultura Negra do Maranhão – CCN-MA
Centro de Documentação Eloy Ferreira da Silva - CEDEFES
Centro de Estudos e Defesa do Negro do Pará - CEDENPA
Centro pela Justiça e Direito Internacional - CEJIL
Centro pelo Direito à Moradia contra Despejos - COHRE
Centro Luiz Freire
Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Rio de Janeiro
Comissão Pastoral da Terra Regional da Bahia – CPT-BA
Comissão Pró-Índio de São Paulo –CPI-SP
Companhia de Dança Afro e Popular Akyloã
Conselho Municipal das Populações Afro-Descendentes de São Luís
Coordenadoria Ecumênica de Serviço -CESE
Koinonia Presença Ecumênica e Serviço
Federação das Comunidades Quilombolas de Minas Gerais - N´golo
Fórum Estadual de Entidades Negras do Maranhão
Grupo de Negros Palmares Renascendo de Bacabal
Instituto das Mulheres Negras
Instituto de Assessoria às Comunidades Remanescentes de Quilombos - IACOREQ
Instituto de Estudos Socioeconômicos - INESC
Justiça Global
Mariana Criola
Rede Social de Justiça e Direitos Humanos
União de Moradores do Quilombo Santarém
 
 
 
publicado por Adelina Braglia às 10:00

23
Mar 08

 

Temos já os primeiros resultados da “Provinha Brasil”.
 
Não são surpreendentes. São atávicos à nossa descendência colonial, à formação de uma elite selvagem que modernizou a senzala e colocou iluminação pública no gueto. Nada muito além disto.
 
E o quartel de Abrantes apresenta pouca evolução, ainda que o sargento tenha substituído o general da banda. Sem preconceito. Apenas uma referência ao critério de escolaridade, já que o assunto é este.
 
Ah! Antes que alguém reclame: é verdade! Agora a nossa vil ignorância está democraticamente posta à luz, medida, percentualizada.
 
 
Vale o repeteco do vídeo.
 
 
 
publicado por Adelina Braglia às 10:27

22
Mar 08

 

  

O abuso no uso do gerúndio – essa coisa horrorosa do “estaremos verificando”, “estarei indo...” parece mais ligado ao uso da Internet, do Google e das traduções instantâneas que ele propicia - que traduzem James Taylor como Alfaiate James - do que da nossa alma colonialista de querer seguir à risca o “I´m going”.
 
Seja lá qual for a origem, é insuportável ouvir cotidianamente as pessoas dizerem “estarei marcando”, “estarei chegando”, o que indica que isso já passou de sintoma e agora é uma síndrome permanente  na língua portuguesa.
 
Não estou reclamando por preconceito lingüístico ou social, pois essa epidemia é democrática. É o aparente retrocesso de transformar formas simples como “farei”, “irei”, encontrarei” em formas quase latinas de dizer o mesmo, entupindo os ouvidos., que me aborrece. Nada a ver com a maravilha da linguagem e da poesia de Adoniran.
 

 

 

 

publicado por Adelina Braglia às 09:37

17
Mar 08

 

Um comentário feito no Quinta
coçou na minha cabeça a noite inteira
graças à minha gracinha de achar graça
nesta democracia pelo avesso.
 
Amanheci disposta a me desculpar
no Quinta nesta segunda,
e a jurar pro Juca
que não repito mais a diatribe.
 
Porém, seja pelo cheiro do café recém coado,
seja pela alma escalavrada,
ou pelo humor amanhecido em bom estado,
peço desculpas não.
 
É pelo avesso a democracia que ora temos,
enquanto expandirem-se a tuberculose e os assaltos,
e enquanto crescerem nas calçadas
mais meninos abandonados do que árvores.
 
E se viro o espelho pelas costas
pra ver no reverso o lado certo,
eu vejo tudo igualzinho a este verso:
o que me leva a pensar que eu só preciso,
ao invés de me desculpar, refazer a frase:
Juca querido, não há avesso!
 
 
 
publicado por Adelina Braglia às 10:38

15
Mar 08

 

 
Quando eu era criança, um grande sucesso nas radionovelas foi “O direito de nascer”, dramalhão cubano que depois fez sucesso também na televisão.
 
Li aqui uma notícia sobre Chantal Sébire, francesa, que luta pelo desejo de morrer. Um câncer raro deformou terrivelmente seu rosto, tirou-lhe a visão, o olfato, o paladar. Ela pede ao Presidente da França que autorize sua morte assistida para, "morrer com dignidade, antes de me transformar em um legume".
 
Pensei: porque ela não se suicida? Pareceu-me simples, já que a decisão de saltar para fora da vida está tomada. Em seguida, compreendi seu desejo: uma morte assistida pressupõe uma merecida tranqüilidade para fazer a travessia, medicação adequada, carinho da família, o que ela chama de morte digna.
 
Não sei porque esta música. Mas ela veio à memória enquanto eu escrevia isto. Talvez porque Sacco e Vanzetti lutaram pela liberdade e pela vida. E Chantal luta pela liberdade de decidir sua morte. Quem sabe também porque aqui nesse meu país, onde ainda se luta pela dignidade da vida, os sindicatos operários se cotizaram para contribuir para a campanha de libertação dos anarquistas italianos condenados à morte nos EUA por um crime que nunca cometeram.
 
Não sei ao certo nada. Sei que torço por Chantal, para que tenha dignidade na morte e por nós, para que a tenhamos também em vida.
 
 
 
publicado por Adelina Braglia às 13:13

13
Mar 08

  

"  .... Divulgar na internet que a Amazônia está à venda nunca será uma ferramenta de marketing conseqüente. Já existem precedentes na rede, denunciou a Agência Amazônia de Notícias. Daí o efeito bumerangue, que bate feito um bólido, na "cabeça peidada" (assim se diz na Amazônia) dos publicitários aquartelados por essas empresas.

Da tentativa insana de criar uma peça publicitária e expor ao mundo, na tela do computador, a Arkhos, parida pela criatividade da dupla empresarial, incute em crianças e jovens envolvidos com jogos virtuais o desprezo pelo próprio solo, pela floresta, pelo ecossistema. É como se tudo estivesse mesmo à venda, sem problema algum, na base do "se colar, colou".

As peripécias da Ambev em Maués (no estado do Amazonas) são comentadas também pelo jornalista Sérgio Leo, no seu sítio.

 

Brincadeira danosa

 

De acordo com a assessoria de imprensa do senador Arthur Virgílio (PSDB-AM), que denunciou a trama do suposto Arkhos Biotech, o parlamentar achou graça ter denunciado o vídeo da assumidamente fictícia Arkhos Biotechnology . Atribuíram-lhe um "mico" por haver se posicionado em defesa da Amazônia. E ele considerou a ilegalidade da Ambev e Abril um equívoco. Pior faria, se ficasse calado ou omisso.

 

Como se estivesse agindo corretamente, dentro da impunidade, a direção da Ambev ainda aproveitou para convidá-lo a gravar um comercial. A que ponto chega o abuso dos conglomerados que se consideram donos da Amazônia e autorizados a transformá-la em feudo para seus gracejos marqueteiros!

 

A atitude da Ambev e de sua parceira Abril dá margem à busca da fórmula super-secreta da Coca-Cola. Amanhã, a brincadeira pode ser promovida por outras fabricantes de refrigerantes e produtos que afetam a construção óssea do ser humano.

O jornalista Chico Bruno alerta: "Por mais que se explique a brincadeira, o seu enredo é pernicioso aos interesses do Brasil". "É uma brincadeira danosa", ele afirma, conclamando o senador Arthur Virgílio – e, conseqüentemente, os demais parlamentares da região – a pedirem à Justiça a imediata retirada do site do ar.

 

O que em troca?

 

A denúncia da Agência Amazônia de Notícias demonstrou uma postura não apenas dela, mas do jornalismo disposto a considerar extremamente grave o aparecimento de um site propondo a internacionalização da região, com ofensas ao país e aos sul-americanos em geral. Uma pesquisa no Google é o suficiente para se aferir a repercussão desse estrago.

 

 

Paralelamente ao famigerado Arkhos, seja qual for a origem, o conteúdo e o feitio lingüístico do seu site, vemos situações positivas campeando nas caixas postais e nos monitores. O site "Amazônia para sempre", autor de uma delas, tem repudiado a comemoração do "menor desmatamento da Floresta Amazônica dos últimos três anos: 17 mil quilômetros quadrados, quase a metade da Holanda". "Quando se desmata 16%, isso equivalente a duas vezes a Alemanha e três vezes a área do estado de São Paulo", adverte o site.

O que a sociedade brasileira oferece em troca, pela manutenção desse patrimônio com biodiversidade incomparável e rica, com seres humanos incríveis, com uma fonte incalculável de riquezas minerais, petróleo e gás natural no subsolo e mais de 20% da disponibilidade de água doce do planeta? – perguntamos, lembrando o jornalista e poeta manauara Simão Pessoa."

 

 

Quer mais? Leia  aqui.
E assista aí.
publicado por Adelina Braglia às 18:21

11
Mar 08

 

Quando o tempo passa sem que a gente dê conta a não ser por um fato
é como se nos saltasse em cima um gato,
e com unhas afiadas nos arranhasse a cara.
 
Assim eu me senti à tarde,
quando vi Laura sair com seus pimpolhos,
como se não a visse com freqüência
e como se o passar destes 25 anos tivesse sido num átimo.
 
Caminham os três
- na verdade, João vai no colo -
e Flávia anda ao seu lado,
numa cumplicidade de mãe e filhos.
E eu a achar até há pouco
que ela ainda era a menina rechonchuda e de cabelos cacheados,
a minha primogênita sobrinha!
 
Vai, Laurinha, ser feliz com seus pimpolhos,
que a tia-avó, ainda que se perca no passar do tempo,
- quem sabe para não reconhecer que ele passou ...rsrsrs..-
ficou feliz ao se assustar com o trio
seguindo numa aura de amor e esperança,
que devem - sempre, sempre, sempre -
envolver os jovens e as crianças,
e fortalecer as mães e os filhos.
 
Minha benção.
 
 
 
publicado por Adelina Braglia às 18:22

07
Mar 08

 

Recebi este vídeo ontem à noite, da minha querida Annez.  A velha insonia me permitiu ouvi-lo várias vezes e a cada audição cada  verso tomava novo sentido e a palavra estrangeiro ficava cada vez mais abrangente.

 

Estrangeiros não são apenas os portoriquenhos ou os mexicanos de Miami. São estrangeiros na sua própria terra os brasileiros que grande parcela  dos paulistas ainda chama de "baiano", bastando ter nascido acima de Queluz, na divisa com o Rio de Janeiro.

 

Estrangeiras são as mulheres num  mundo ainda tão masculino. Para sermos formalmente respeitadas temos que dar gênero ao todos e todas, ainda que quase todas cotinuem sendo  espancadas ou assassinadas por seus maridos, pais ou irmãos.

 

Estrangeiras são as crianças, reféns da ganância, da violência, do consumismo e do cinismo do mundo "adulto".

 

Os idosos? Não. São mais que estrangeiros no mundo que valoriza a capacidade física de produzir mais do que a experiência profissional ou de vida. Estes, são exilados.

 

 

 

 

 

publicado por Adelina Braglia às 10:36

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