" Se a esperança se apaga e a Babel começa, que tocha iluminará os caminhos na Terra?" (Garcia Lorca)

31
Mar 06
E-mails pros nossos bravos e dedicados parlamentares, pedindo a aprovação do projeto de lei 73/99! Um tempinho no fim-de-semana, umas tecladas ligeiras e pimba! entupimos a caixa postal da moçada!
Bom trabalho!

"Ações afirmativas e efetividade de direitos: o projeto de lei 73/99

O Senador Paulo Paim do PT/RS, em entrevista ao Boletim PPCOR, fala da importância da mobilização social para aprovação do Projeto de Lei 73/99, que prevê a adoção de cotas para as Universidades Federais em todo o Brasil."

(http://www.politicasdacor.net/boletim/25/)





publicado por Adelina Braglia às 09:59

Quando me mataram,

meu lado não verteu água nem sangue:

eu me verti de mim por essa fenda,

escorri para a terra, debaixo do gelo, ausente.


(Alguém sabia: ela está ali, e isso era tua voz na noite)


E se houver um tempo de retorno, eu volto.

Subirei empurrando a alma com meu sangue,

por labirintos e paradoxos, até inundar novamente o coração.


(Terei, quem sabe, o mesmo ardor de antigamente).

 


(Lya Luft, fragmento de Mulher no palco)

publicado por Adelina Braglia às 08:40

30
Mar 06

height=360 alt=tambordecriola.jpg src="http://travessia.blogs.sapo.pt/arquivo/tambordecriola.jpg" width=480 border=0>

Tambor de criola, da Comunidade Quilombola de Camiranga, município de Cachoeira do Piriá, Pará.

publicado por Adelina Braglia às 22:43

portalbruno.jpg
publicado por Adelina Braglia às 22:38

height=360 alt="Bruno de Menezes 043.jpg" src="http://travessia.blogs.sapo.pt/arquivo/Bruno de Menezes 043.jpg" width=480 border=0>

“Rufa o batuque na cadência alucinante
Do jongo do samba na onda que banza.
Desnalgamentos, bamboleios, sapateios, cirandeios,
Cabinas cantando lundús das cubatas. prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

Patichouli, cipó-catinga, priprioca,
Baunilha, pau-rosa, orisa, jasmin.
Gaforinhas riscadas abertas ao meio,
Crioulas, mulatas, gente pixaim...

Sudorancias, bunduns mesclam-se intoxicantes
No fartum dos suarentos corpos lisos lustrosos
Ventres empinam-se no arrojo da umbigada,
as palmas batem no compasso da toada.”

(Fragmento de Batuque, de Bruno de Menezes)

class=MsoNormal style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt; TEXT-ALIGN: justify">Bruno de Menezes, poeta, jornalista, romancista, nasceu em 1893, em Belém, Pará.class=MsoNormal style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt; TEXT-ALIGN: justify">Morreu em 1963, em Manaus, Amazonas.

 

 






publicado por Adelina Braglia às 22:33

29
Mar 06

"Valor: Com a demissão de Palocci, o que muda na condução das campanhas presidenciais do PSDB e do PT?

Luiz Carlos Mendonça de Barros: A demissão do Palocci, independente da gestão da economia nestes meses que faltam, tem uma repercussão muito mais importante no processo eleitoral. Palocci é quem deu consistência à política econômica do presidente Lula. Escolheu um caminho e conseguiu convencer o presidente de que este era o único caminho que existia. Ele construiu uma credibilidade própria, com a montagem de uma equipe com um rumo econômico consistente e amarrado e, em segundo lugar, a ascendência sobre o Lula. Até sua demissão, o mercado não colocava nenhum preço de risco eleitoral, porque sabia que a relação Palocci/Lula levava à manutenção desta política econômica. Sem Palocci, o que o mercado hoje se pergunta é quem será o fiador da política econômica nos próximos quatro anos em uma eventual vitória de Lula.


Valor: Lula vai ter que demonstrar de novo o seu compromisso com a estabilidade?

Mendonça de Barros: Vai ter que mostrar. Sem Palocci, Lula não tem credibilidade."

(www.valoronline.com.br)


O menimo prodígio do clã Mendonça de Barros  já vaticina o caminho e a luz: Geraldo Alckmin.

Não voto mais em Lula, menos ainda em Alckmin, mas tenho sérias dúvidas se as famílias beneficiadas pelos programas compensatórios, que elevaram a renda média familiar dos muito pobres (detesto a palavra paupérrimos!) de R$ 60,00 para R$ 67,00 - o que é um acréscimo substancial na pobreza - sabem quem era o tal Palocci. A mim sempre pareceu que o avalista de mais da metade da população brasileira, que ainda acredita em Lula, é o próprio Lula.

Vamos lá! Sei que agora que o avalista da elite "dançou", a mídia vai cair de pau no Governo. Vão encontrar pelo em ovo, chifres em cabeças de burro, mesmo que os ovos sempre estivessem à mesa e os burros no pasto! Ainda assim, Lula está vivo e seus eleitores, com os R$7,00 a mais por mês, estarão vivos também na eleição.

Que venha outubro, e saberemos o nome do pesadêlo!

publicado por Adelina Braglia às 08:26

27
Mar 06

Eu não acredito em fadas, duendes, cegonha e papai noel.


Não acredito em sina, destino, fatalidade.

Não acredito que a pobreza  é dom da natureza, como o sol ou a chuva.

Acredito que a sabedoria não advém apenas dos livros, dos títulos obtidos, ou de teses defendidas.

Acredito que há uma sabedoria popular, que se destaca nos compromissos coletivos, e tem neles o seu fundamento e a sua razão de ser.

Acredito na divisão clara entre o interesse público e o interesse privado.

Acredito que o povo, esse tal de povo, se tiver acesso à informação, avança na direção da melhoria da sua qualidade de vida.

Acredito em chá de guaco para curar tosse,

em xarope de framboesa para infecção de garganta.

Acredito na minha cabeça, e sempre morei debaixo dela:

jamais a aluguei para ser sotão de interesses escusos.

Não acredito que primeiro é preciso fazer crescer o bolo para depois reparti-lo. Quem acreditava nisso eram os meninos do Delfim Neto.

Acredito que da miséria e da fome só advirão miséria e fome, e que as pessoas precisam de trabalho, alimento, alegria e condições para sonhar.

Não sou rica a ponto de não precisar trabalhar, nem tão pobre que não possa sonhar em ir a Barcelona.

Amo meu próximo e, às vezes, amo mais a mim mesma.

E não acredito mais  no governo Lula.

 


 


 

publicado por Adelina Braglia às 17:33

height=360 alt=gripenacidade.jpg src="http://travessia.blogs.sapo.pt/arquivo/gripenacidade.jpg" width=480 border=0>

Quando uma gripe me pega, quero o colo da minha mãe. E, reconheço que com isso, sinto é  raiva da falta que sinto do colo que ela nunca deu.

Ah! minha mãe! Sempre ativa, corajosa para enfrentar as adversidades! Cuidava com competência das "objetividades" da vida, considerando sempre que o afago era quebra de autoridade. O carinho era sempre postergado para o dia de São Nunca!

Reconheço que o carater que temos, seus filhos, foi impresso pelo carinho do meu pai e pela postura austera da mãe. Ambos confiavam sempre no tal do próximo, até que este lhes provasse que não merecia tanto crédito. Mas, quando a gripe me pega, quero o colo que ela não dava, o abraço que nunca estava disponível, o riso que nunca tinha vez!

Conclusão: sempre curo as gripes, mas não me curo da secura da minha mãe!

publicado por Adelina Braglia às 17:08

24
Mar 06
" Sexta-feira, Março 24, 2006
Quaresma XXIII

Isto não é especialmente verdade, nem está especialmente bem escrito, nem é especialmente novo...

«Descobri que a diferença principal entre os bairros pobres e a baixa, é que as pessoas são mais verdadeiras nos primeiros. Suponho que não têm outro remédio. Aí uma prostituta é uma prostituta; um chulo é um chulo; um ladrão é um ladrão; um maricas é um maricas; um filho da mãe é um filho da mãe.
Na baixa era diferente – mais complicado. Uma prostituta por vezes era uma senhora de sociedade; um chulo podia ser um dandy; um ladrão podia ser um executivo; um maricas podia ser um playboy; um filho da mãe era uma pessoa desajustada e com problemas.

... mas é da ‘autoria’ de alguém que está por detrás duma das vozes mais singulares que se podem ouvir, e que, mesmo não sendo tão brilhante como o padre António Vieira, ainda ‘disse’...

«Naquela altura as pessoas ficavam admiradíssimas se vissem um branco com uma negra e hoje em dia continua tudo na mesma...podia tratar-se de Marian Andersen com o seu agente; ou uma bailarina com o seu chulo. Não interessa que aspecto tinha o casal, mas os filhos da mãe achavam que se estivessem juntos era só por um motivo. Talvez fosse, talvez não fosse. Mas se não fosse era o mesmo que ser , porque ninguém acreditava(...)
Isto torna a vida uma chatice permanente(...) pode-se lutar, mas não se pode vencer.
A única altura em que vivi livre disso foi quando era prostituta e tinha fregueses brancos. Ninguém nos chateava. As pessoas perdoam tudo o que for preciso se for para ganhar dinheiro.»

...Billie Holiday na sua 'biografia ditada'- ‘Lady sings the blues’ (1992, ed Antígona, pg 115, 125) e aparentemente controversa. Menos controversa será a sua voz gemida, que, como José Duarte refere no prefácio :«não deixou descendentes nem discípulos».
E talvez um dia eu ainda comece a escrever mais sobre bola. Hademver."

(roubado de "antonio": http://opiniondesmaker.blogspot.com/)

publicado por Adelina Braglia às 07:39

23
Mar 06
caminhada.jpg
publicado por Adelina Braglia às 22:14

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