Neste sábado, a menina de Abaetetuba continua a ser a dona da minha cabeça e da minha alma. Meninas e meninos do Brasil varonil.
As cenas são de Quatipuru, mas representam as ruas e os quintais de muitas meninas e meninos de Abaetetuba, da Paraíba, de Minas Gerais, do Brasil.
Não há Pará neste drama. Há um Brasil que perdeu o rumo, o bonde, o passo e o compasso.
Onde a senilidade social se sobrepõe à solidariedade.
Há os Falcões do Tráfico, há os matadores de aluguel, há as meninas de Abaetetuba.
E uma enorme e profunda indiferença a tudo o que a Globo não dá destaque.
Perdemos o prumo, o rumo, a vergonha. Ela é apenas um calombo que dói quando o plim-plim nos assusta. Depois, o silêncio. Até o próximo ato.